sexta-feira, agosto 31, 2007

Barrado no Baile

Justiça proíbe ex-prefeito de visitar prostíbulos

O ex-prefeito de Patrocínio Paulista Henrique Lopes está proibido pela Justiça de frequentar bares, boates e casas de prostituição. Em decisão tomada no dia 13 de agosto, o juiz Fernando da Fonseca Gajardoni sentenciou: Lopes deve ficar longe de qualquer boteco pelos próximos dois anos. A inesperada sentença é como se fosse uma troca. O ex-prefeito foi processado criminalmente pelo Ministério Público por ter deixado uma dívida de R$ 1,037 milhão -para seu sucessor no fim do seu mandato em 2004 - sem previsão de receita para cobrir o rombo. Para que o processo fosse suspenso, o MP e Henrique Lopes concordaram com a decisão do juiz.

A restrição é comum para casos como os de brigas de torcidas, discussões em bares e agressão, mas é rara para processos que tratam de finanças públicas. Segundo a lei, em crimes em que a pena mínima for igual ou inferior a um ano, o Ministério Público pode propor a suspensão do processo. No caso, Lopes trocou a manutenção do processo que poderia ter anos de duração e terminar de maneira indesejada, por uma pena alternativa, a proibição de frequentar bares, boates e prostíbulos. Além disso, ele não pode se afastar sem autorização judicial de Patrocínio por mais de 15 dias, exceto a trabalho, e deve se apresentar a cada três meses no fórum local para prestar esclarecimentos.

Para o ex-prefeito, as condições serão facilmente cumpridas. “Não me traz nenhum prejuízo. São exigências do acordo. Não freqüentar prostíbulos é uma proibição que para mim não vai ter efeito nenhum, porque eu já não freqüento mesmo. Essa proibição já é da minha mulher”, disse ele na tarde de ontem.

Para o promotor de Justiça responsável pela acusação, Christiano de Andrade, a penalização é comum mesmo para políticos. “O acordo é feito principalmente nos casos em que o réu é primário e que não tenha sido processado anteriormente”. O promotor disse ainda que o ex-prefeito - que responde ainda por outros dois processos de improbidade administrativa - não foi condenado pelo crime, já que o processo foi suspenso e não houve julgamento.

Com isso, Henrique Lopes - que atualmente trabalha na Prefeitura de São Paulo a serviço da Secretaria de Obras daquela cidade - não perde o direito de concorrer às eleições municipais do próximo ano. “Sou candidato a prefeito em Patrocínio em 2008”, disse o político.


Comentário: A "bizarrice" de Franca influencia até as cidades da região!

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