Doença misteriosa já tem 150 casos registrados
Paula FaciroliFree-lance para o Comércio
Uma doença misteriosa descoberta no início deste ano pela Secretaria de Saúde de Franca já soma 150 casos. Ainda não se sabe qual o vírus que tem causado o mal, mas os sintomas são parecidos com os da caxumba. Os doentes têm inchaço e dores abaixo do ouvido, febre de mais de 38 graus e indisposição. Com o aumento do frio, os casos desta doença, noticiada pelo Comércio no mês de maio, quase quadruplicaram, saltaram de 40 para 150.
Apesar de ter os mesmos sintomas, a doença que tem atingido os francanos não é caxumba. “É uma doença muito parecida. Sabemos que é uma parotidite viral, que afeta as glândulas parótidas, localizadas abaixo do ouvido, mas não temos o nome deste vírus e nem sabemos exatamente como ele age no organismo”, disse o secretário de Saúde, Alexandre Ferreira.
Inchaço no pescoço, surgimento de caroços, além de mal-estar e muita febre são os sintomas. Foi assim que o empresário Juliano Peraro Dias, 27, foi parar no Pronto-Socorro “Doutor Janjão” há 15 dias. “Não agüentei. Nos primeiros três dias, a dor é muito forte, foi inchando, eu não conseguia comer nada, só tomava sopa”, diz.
Depois de fazer exames de sangue, Juliano confirmou: não era caxumba. “Mas também o exame não dizia o que era. Fiquei dez dias de repouso e assim os caroços foram sumindo”.
Para encontrar uma resposta, a Secretaria de Saúde enviou, há um mês e meio, amostras de sangue e saliva de pacientes com sintomas dessa doença para o Instituto Adolfo Luths, em São Paulo. Mas até o momento não obteve resposta. “Eles disseram que ainda estão analisando os exames e não há uma previsão para resposta”, disse o secretário.
A cidade de Campinas também vive o mesmo dilema da doença misteriosa de Franca. “Eles me disseram que um dos motivos para os atrasos nos resultados é que eles estão analisando primeiro os exames de Campinas, que também vive uma epidemia sem identificação do vírus, para depois analisar os nossos”.
No mês de maio, pelo menos, 15 alunos e um professor da escola COC, do Jardim do Éden, teriam contraído esta doença que parecia ser caxumba e se afastado das aulas. Mas para Alexandre a população não precisa se assustar já que o vírus tem uma evolução considerada “tranqüila”. “A caxumba é muita mais séria e incômoda. Já o vírus não identificado, em dois ou três dias, os sintomas já desaparecem”. Quem estiver com os sintomas deve procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.
quinta-feira, julho 17, 2008
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