quarta-feira, abril 30, 2008

o cão foi quem botou pra nois beber

MARVADA’ PINGA

Sapateiro enche a cara, ‘vê ladrão’ e se atola em lamaçal

O fim foi cômico. Poderia ter sido trágico. Um sapateiro tomou umas “biritas” a mais e chegou em casa muito louco. Disse para a mulher que havia visto um ladrão rondando o local. Na dúvida, ela chamou a polícia. Acabou foi arrumando uma grande confusão.

Ao avistar a viatura, ele saiu correndo e desapareceu no meio do mato. Só foi encontrado uma hora depois. Estava atolado em uma represa com barro até o pescoço. Se não fosse resgatado a tempo pelos PMs teria morrido afogado.

A inusitada ocorrência se deu em um condomínio de chácaras localizado na zona rural de Cristais Paulista. Já passava das 20 horas e estava escuro quando o sapateiro, de 37 anos, chamou sua companheira, também sapateira, de 32 anos, e fez a revelação. “Mulher, mulher, tem um homem tentando entrar em casa”. A polícia foi comunicada. “Quando chegamos, ele estava perto da mata e dizia: ‘Olha ele aqui, olha ele aqui’. Corremos atrás para impedir que entrasse (na mata) e pedimos para que voltasse. Não adiantou”, contou o soldado Jair.

Como não havia condições de segurança, o policial não entrou e chamou reforço. A mata é fechada e de difícil acesso. Pouco tempo depois, uma viatura de Franca chegou para ajudar. “Andamos um certo tempo e começamos a chamar pelo seu nome. De repente, ouvimos gritos de socorro vindos de longe. Segui em frente e percebi que sua voz estava cada vez mais perto. Ele dizia: ‘Estou aqui, estou aqui’. Foi quando o encontrei atolado em uma represa”, contou o soldado Arcari.

O sapateiro se agarrava em arbustos nas margens e estava com água até o pescoço. Com um galho de árvore, o policial conseguiu resgatá-lo. A vítima tinha machucados nas pernas e nos braços. Aparentava estar embriagada. “Foi por Deus mesmo que o encontramos. Acredito que, se desse mais um passo ou se afundasse, o rapaz poderia ter morrido. O local é uma espécie de pântano. Eu mesmo me atolei até os joelhos e me feri”, finalizou Arcari.

De acordo com os policias, devido ao estado em que o sapateiro se encontrava, não foi possível colher sua versão dos fatos, bem como sua assinatura. A PM destacou no BO que a embriaguez da vítima colocou em dúvida a existência do suposto ladrão.

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